Na Serra do Mar, o sabiá canta de outubro à dezembro, até o início de dezembro, se não estiver enganado. Nesse momento escuto o canto de um, solitário em meio a tantos outros pássaros. Como já disse em algum lugar, ele não canta para ninguém. Se essa minha afirmação for verdadeira, o sabiá, - assim como os outros pássaros - canta para si mesmo, para manter sua espécie existindo no ecossistema. O que estou dizendo pode ferir o narcisismo de muitos, pois aprendemos desde cedo que somos o centro do mundo e tudo que existe e se move, existe para mim. Tudo indica que isso é apenas mais uma ilusão infantil de nossa espécie. Coisa que o sabiá não compactua.
"A lua é um astro árido
ResponderExcluircomposto de pedra e lata.
Mas, quando está no homem que a faz arte,
torna-se uma brilhante ideia cor de prata..."
NOTA: Entre a realidade "inventada" (artística) logo acima e a ilusão que menciona, está a intencionalidade, não acha...?!
Precisamos saber se a "intencionalidade" se remete a Russerl ou se teria o significado da "vontade" de Schopenhauer. E em que sentido um ou outro afetaria ou não a estrutura do Eu...
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