Corpo sem órgãos V
O sentimento manifesto no fenômeno de sexualidade é atrasado em relação ao afecto que o constitui. Estamos diante de uma situação molecular que propicia as formações molares. As linhas de resistência política não alcançam esse limite micropolítico. A política de grupos trata apenas do combate aos aparelhos de repressão do que já existe no mundo das formas. Quanto a esse aspecto, lembra Foucault, “foi a vida, muito mais do que o direito, que se tornou objeto de lutas políticas, mesmo que estas se formulem através de afirmação de direito. O direito à vida, ao corpo, à saúde, à felicidade, à satisfação das necessidades”. [1] Em planos de uma ontologia política, a tarefa é evitar afastar os devires sensíveis dos encontros, das máquinas desejantes-corpo sem órgãos. Essa relevância ética da política do corpo sem órgãos deve incluir a vontade de morrer como parte do sistema complexo que faz com que as máquinas retornem sempre a um elemento incansável que o repele insistentemente. Há s