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Mostrando postagens de junho, 2012

“Deus existe, logo tudo é permitido”.

Essa frase ecoa incomoda, na verdade, o seu oposto pareceria mais lógica. Mas se Deus não existe, o que será dos culpados, dos covardes, dos criminosos, dos pedintes e tantos outros que não assumem as suas próprias culpas, suas fraquezas e responsabilidades para com a vida? É que se Deus não existe nada é permitido. Não há quem perdoe ou autorize coisa alguma. Nesse caso, o homem se vê só, desamparado e alienado na castração e em sua finitude. Um pedinte entra no ônibus e faz aquele discurso moral com palavras de ordem simuladas de falsa religiosidade. “Deus vai abençoar vocês se vocês me abençoarem”, diz ele. “Quem desejar me abençoar, eu peço a Deus que lhe abençoe, quem não desejar, eu também peço a Deus que o abençoe”. Ele usa os argumentos que apreendeu assistindo cultos religiosos ou pregações televisivas. O programa de humor diz melhor a essa verdade oculta: “...que Deus lhe dê em dobro tudo o que você me dá”. Perversidade do “inocente” pedinte, ele odeia não ser atendido em