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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Futuro

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Diário de classe: a ironia da frase, "quando chegarmos lá, se tiver uma ponte nós atravessaremos", pode ser pensada em diversos casos de economia política que afetam a vida em geral: inventamos os transgênicos, se no futuro tiver consequências indesejáveis, pensaremos a solução. Extraímos petróleo e deixamos uma imensa cratera aberta nas profundezas dos mares, se der problema, no futuro, pensaremos no que fazer. São apenas dois dos milhares problemas que criamos no escuro para gerações futuras (Branco - aula de sociologia).

Angústia

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Diário de classe: o que são doenças de nosso tempo? Sãos as que atuam na interface entre o meio em contínuo desmoronamento e o Eu que experimenta o aumento da ansiedade desproporcional. As alergias, a bulimia, a anorexia, as fobias, a síndrome do pânico, as compulsões etc. A interface dessa relação de conflito, tem o corpo como símbolo da manifestação fenomênica das mutações genéticas. O corpo é a tese que leva ao limite as provas de que somos um animal que tenta se adaptar. A tese de Darwin, tão odiada pela cristandade obtusa, se confirma diariamente em nós mesmos (Clécio Branco - aula de psicologia social).

Angústia

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As identidades se deslocam do Eu individual para o estereótipo da indústria cultural. Os anúncios publicitários, os modelos de reality show, os simulacros das telenovelas, produzem juntos, o modelo de identidade que merece amor e atenção. Junto a isso, proliferam as academias e produtos de muscular rápido, como se fossem, os indivíduos, frangos abastecidos com corticoides à noite para amanhecerem gordos e abatidos em açougues. Há um sofrimento nisso, uma paranoia de ser aquilo que a vitrine das personalidades decidem como "vendáveis" (Clécio Branco - aula de psicologia social). Ausência de angústia

Angústia

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A angústia da atualidade está relacionada ao que se chamou de "multidão solitária". A identidade em um "EU" se dissolve continuamente em muitos "eus" e a singularidade desejada fica cada vez mais distante. Desse distanciamento, entre a singularidade e a pulverização do Eu, nasce a angústia moderna com seus transtornos fóbicos, transtornos alimentares, compulsões... (Clécio Branco - em psicologia social).

Eternidade

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"Tudo vai, tudo volta; eternamente gira a roda do ser. Tudo morre, tudo refloresce, eternamente transcorre o ano do ser. Tudo se desfaz, tudo é refeito; eternamente constrói-se a mesma casa do ser. Tudo se separa, tudo volta a se encontrar; eternamente fiel a si mesmo permanece o anel do ser. Em cada instante começa o ser; em torno de todo o "aqui” rola a bola "acolá”. O meio está em toda parte. Curvo é o caminho da eternidade." - Nietzsche, em aula de filosofia -

Classes

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Diário de classe: há evidências que os lugares mais pobres do mundo estão em áreas onde o chamado Primeiro Mundo colonizou - e ainda coloniza de outras maneiras: Maputo (Moçambique), Kinshasa e Cochabamba (Bolívia). Nesses lugares, as famílias têm um consumo per capta de menos de 75 centavos de dólar por dia (Clécio Branco - aula de sociologia em Mike Davis).

Classes

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Diário de classe: a sociedade competitiva é marcada pela divisão quantitativa e qualitativa do desejo e realização de satisfação de alguns em detrimento da frustração de outros. A posse de objetos satisfaz os possuidores ao mesmo tempo em que frustra os que não podem possuir. Ou seja, essa sociedade condena os seus membros ao fardo da competição que distancia uns dos outros do espírito colaborativo. Esse fato ocorre o ano todo, mas principalmente nessa época de festas (Clécio Branco - aula de sociologia).

Classes

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Diário de classe: a posse é inseparável da liberdade. Em nosso caso, ter é condição de possibilidades. Logo, a extensão de condição de liberdade está limitada para os que não têm na mesma relação - exponencial - dos que têm. Vemos nessa lógica, a montagem cínica da sociedade de consumo que produz nos objetos, o fetiche espiritual da felicidade. O "feliz natal" é tão cínico como estrutura de discurso quanto a promessa de felicidade da posse de objetos. Por isso, a indústria cuida em fazer tudo para "todos" - um automóvel Ferrari para uns poucos e as quinquilharias de 1.99 para os milhares (Clécio Branco - aula de sociologia).

Classes

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Diário de classe: na sociedade de competição, os recursos são concentrados em formas de riquezas nas propriedades dos vencedores. Em nível global como nos encontramos hoje, essas propriedades se transformam em conglomerados de monopólios dos recursos do planeta. É fácil entender o equivoco de Malthus, a pobreza cresce na ordem em que Malthus entendeu como bocas para comer e a riqueza concentrada está relativa aos ricos que provocam a escassez de alimento global (Clécio Branco - aula de sociologia).

Classes

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Diário de classe: os recursos, cada vez mais abundantes de um lado, e a escassez, cada vez mais avassaladora do outro, gera uma interpretação imoral dos primeiros em relação à pauperização do segundo grupo. As duas categorias se solidificam, o que faz parecer normal o estado de coisas: miseráveis e pobres numa ponta e abastados e ricos na outra. Segundo Bauman, esses pobres serão vistos como pessoas preguiçosas, que fogem ao trabalho árduo, inaptos e que "escolheram seu próprio destino" (Clécio Branco - aula de sociologia).

Perguntas

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Diário de classe: a desfamiliarização tem benefícios indiscutíveis para o indivíduo e para a sociedade. Ela abre possibilidades de vida - ao fragmentar o Eu convicto - amplia a condição de Eu ser em rede de conexões que escapa ao CONTROLE de mim mesmo e do outro que sobre mim estabeleceu - um dia - o controle. Ou seja, desfamiliarizar é ampliar os horizontes de Eu sobre mim e sobre o Outro (Clécio Branco - aula de psicologia social em Bauman).

Perguntas

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Diário de classe: tipo de pergunta que pode desfamiliarizar. É muito comum que os heterossexuais façam - partindo do senso comum - a clássica pergunta sobre "o dia em que o homossexual decidiu ser homossexual". Mas poucos lembram de fazer a pergunta ao reverso: quando foi que o heterossexual decidiu ser heterossexual? A questão familiar que pode ser incomodada é o fato de se pensar que o "normal" ou "natural" é que somos "naturalmente" aquilo e não isso. Esquecemos a questão fundamental, somos seres afetivos e sexuais. A binaridade é uma invenção de nossas consciências e que, não se harmoniza com a multiplicidade da natureza (Clécio Branco - aula de psicologia social em Bauman).

Perguntas

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Diário de classe: Nossas perguntas podem transformar o "evidente em enigma", introduzir dúvidas onde só haviam certezas - "desfamiliarizar o familiar" - Clécio Branco - aula de Sociologia em Zygmunt bauman.

Perguntas

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Diário de classe: A sociologia é a ciência que faz perguntas incomodas ao que é familiar e aceito em conformidade com as crenças estabelecidas. Fazemos perguntas que ninguém quer lembrar por conveniência. As perguntas da sociologia podem causar ressentimentos em quem interessa manter interesses pré-estabelecidos (Clécio Branco - aula de Sociologia).

Corpo

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O que é imanência? O que é transcendência? Imanente é o que existe em si. A fome é imanente ao corpo, o sono, o desejo. Nenhum desses afetos vem de fora do corpo. Tudo que não necessita ser introduzido, interiorizado, é porque pertence à natureza do corpo. Por outro lado, o transcendente é alhures, não é da natureza mesma, por isso tem que ser imposto, introduzido por subjetivação. Depende de assimilação e, depois, dependerá de ser mantido por ritos. Então, o que acham, Deus é transcendente ou imanente? (Clécio Branco - aula de filosofia). Gosto

Sade

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Pensando o amor sob a ótica de Sade, quando um homem diz estar apaixonado por uma mulher, é simplesmente o fato de sua visão ter lhe despertado o desejo que lhe encheu de "vontade de enfiar seu cacete na boceta dela". Em Sade as coisas são claras assim. Ele retira as máscaras do puritanismo moral de seu tempo - e além do nosso (Clécio Branco - aula de filosofia). Gosto

Sade

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O que Sade consegue mostrar é que tudo que a moral religiosa sempre considerou como resultante da queda do pecado no Éden, não tem nenhuma relação com tal estória, pelo contrário, tudo que é sombrio, e da ordem da imoralidade, faz parte da natureza humana (Clécio Branco - na clínica). Gosto