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Mostrando postagens de setembro, 2017

Códigos

Alguns chamam de,  processo de subjetividade geral; outros, preferem dizer de uma codificação. Não importa se dá no mesmo, dizer através de "palavras de ordens", todo o sentido que cobre gestos, sensações, linguagem e percepções.  É a mesma rede que apanha todos os peixes, marca cada um e junta tudo no sistema grade.  Platão pensou primeiro, depois todo mundo disse ao seu modo, variando em extensão - simulacros e simulações - para mais ou para menos, mas ninguém pôde inovar desde então.  Temos esse modo de capturar o "bicho" para fazer dele homem. Interiorizar em forma de chips uma quantidade significativa de códigos que leve todo indivíduo ao mesmo labirinto.  Depois de interiorizar uma "consciência", todo indivíduo estará no mesmo labirinto, andando em círculos sem saber. Toda glória e quedas sucessivas, dentro do labirinto, são como "narrativas" escritas/modificadas de acordo com a vontade - não de um deus - mas, de acordo com

Códigos

Um código é implantado no mais fundo possível, um lugar onde ninguém possa procurá-lo, nem mesmo possa cogitá-lo.  O sistema de códigos inclui possibilidades de fragmentar-se em seguimentos de duplicidades binárias: isso ou aquilo, mais isso ou aquilo outra vez.  Tudo inteligentemente pensado para dar a impressão de liberdade do pensamento; pode-se chamar de dupla personalidade para manter o núcleo que engana a si mesmo.  Não há como escapar do sistema binário do código. Como na aldeia de Westeworld onde luta-se para escapar, têm-se a crença de que se escapa, mas trata-se apenas de estar numa outra paisagem da aldeia.  Tudo que se observa ou sente, faz parte do código.  Não se pode saber da tramoia porque a desconfiança, é também, o código pensado.  Não existe a possibilidade de descobrir quem se é de fato.  Existe a possibilidade de desconfiar em forma de sensações de um Eu que pensa, mas não se pode chegar a "esse Eu" já que é nele que o sis

Amor

Equivocados ou não, entramos no mundo com esse Je t'aime de papai-mamãe, que nos soa estranho ainda no berço ou nos braços do nosso único grande amor.  Sendo esse, "eu te amo", impossível de se perpetuar na vida adulta, fica a sensação em perspectiva futura, de um dia reencontrarmos esse pleno amor outrora perdido.  A ficção do amor perdido, que tanto inspira musicais, filmes, literaturas ou níveis menos elevados de produção, recria também a imagem de um amor sempre porvir, carregado de desilusões - daí, ser possível terminar, quase sempre, em tragédia, toda história de amor -  Não é que o amor esteja perdido, mas que ele, o amor, não é possível de se encontrar no nível em que se teve na infância ou da ficção de nossas expectativas num outro que nos ame. Assim como tudo na vida, o amor, só pode ser vivido em sua forma real, acompanhado de dores e risos, chegadas e partidas, começos, recomeços e términos.