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Mostrando postagens de novembro, 2016

A peste

A Modernidade Líquida em Bauman e em Marx - em "tudo sólido se desmancha hoje no ar" em forma de capital-dinheiro. Na Peste não poderia ser outra coisa - depois da invasão fascista na França - além de nosso sistema que, engana, criando o fascínio da mercadoria, do consumo de nossas própria carne e alma, sendo uma e outra mercadorias. Somos o único animal que come sua própria casa no ato de se nutrir e de eliminar suas fezes (Branco C/Camus).

A peste

A Peste pode ser entendida em "A Transparência do Mal" de Baudrillard - o homem é um vírus cujo objetivo final é a destruição do outro e de si mesmo. Nada fica além da devastação que, seus dentes famintos, por mais e mais, rasgam para saciar sua vontade insaciável - O homem pode ser de fato o vírus que entrou num planeta inocente, cuja existência plena vai depender da extinção completa de sua geração famigerada. Sabe-se sem necessitar de provas que, se o homem desaparecer do mundo, a vida na Terra será exuberante (Branco - C/Camus).

A peste

Em "A Peste" de Camus, o personagem Rieux acreditava que a dita peste não poderia atingir uma cidade de bons indivíduos, funcionários públicos de boa índole. O autor quer mostrar diferente, "a peste" não tem moral alguma - na verdade, ela é a-moral - pode devastar todos, homens bons e maus homens, crianças inocentes, mulheres, velhos e jovens - inclusive atinge os animais. A Peste em Albert Camus, é a nossa desses dias, onde ninguém está seguro. Muito semelhante às moscas em Sartre que sobrevoam as cabeças de todos (Branco - no café).

Produção

A consequência dessa tendência de produção de subjetividade, é a de reduzir todas as necessidades em necessidades econômicas. Viver, amar, sentir as sensações mais naturais se converge para aquisição de bens econômicos. Como dito por Marx, "tudo que é sólido se desmancha no ar". Tudo entra na agenda do econômico e fora dele nada tem valor (Branco - no café).

Produção

Produção não é mais produção de produtos apenas, mas produção de subjetividades principalmente. Quando o produto chega nas lojas já existe uma subjetividade agindo no inconsciente dos indivíduos; palavras de ordens ditando modos de vida, sentimentos e sensações (Branco - no café).

Aula

Hoje, dando uma aula sobre "efeitos da economia neoliberal" no mercado de trabalho: a precarização do trabalho, a corrozão do caráter do trabalhador, o "fim do emprego", etc.... os alunos apáticos com seus celulares, jogando qualquer coisa, dizem de certa maneira: "não quero nem saber" (Clécio Branco).