A máquina abstrata de combate nômade
O combate começa pela criação de uma máquina abstrata. As máquinas são abstratas porque ignoram as formas e as substâncias, ou seja, são matérias não formadas e funções não formais. Para Deleuze/Guattari, elas traçam pontas que abrem o agenciamento territorial para outra coisa, para agenciamentos de outro tipo, para o molecular, o cósmico, e constituem devires. [1] Os próprios estratos que formam o juízo são animados e definidos por linhas de desterritorialização, são perpassados por linhas de variação que se elaboram no plano de consistência. “Mesmo o negativo produz movimentos infinitos: cair no erro, bem como evitar o falso, deixar-se dominar pelas paixões, bem como superá-las”, [2] tantos movimentos já podem constituir-se na paranoia que, em vão, luta para conter as linhas de fuga que definem a desterritorialização. Ela opera o movimento por meio do qual abandonamos o território. Essas máquinas (abstratas) se definem justamente por dois movimentos que operam no territó