Postagens

Mostrando postagens de maio, 2015

Tempo

As estações, o claro-escuro, o nascimento e a morte, o declínio das formas, as passagens, o que se  passou na cena, os que acontece - no que acontece - as alegrias e as dores, as paixões e suas  derrocadas - tudo se dá no tempo, mas não é o tempo. Ele é o senhor de todos os acontecimentos e  no que acontece. esse tempo em que escrevo e sinto, é o miserável tempo de minha respiração, o  das batidas de meu coração. Não é o Tempo mesmo, a duração sem sujeito e sem objeto dos quais  nada temos para dizer (Branco - sob Vivandi).

Tempo

Ainda o tempo permanece uma obscuridade para nosso entendimento, seja ele a matéria ou a  memória que dele fazemos em fatias sucessivas de presentes, passados e futuros. Detectamos o  tempo pelas extensão das coisas que aparecem e desaparecem - mas isso é apenas o efeito. Foi o  que Vivaldi tão belamente fez na sucessão das Quatro Estações. Estamos subsumidos no tempo, não  podemos dizer que ele seja uma coisa, uma Ente - Ele mesmo é inaudito impronunciável. Mesmo sem  nada sabermos do tempo, Ele é tudo que temos em doses justas (Branco - ouvindo Vivaldi).

Horizonte

Quem indica o ponto de fuga para todo artista moderno é o horizonte, o zénite onde a Terra e o Céu  se encontram. A ideia do longínquo é real naquele ponto onde a Terra parece cair no abismo sem  fundo, mas é justamente lá que, a Terra com seus habitantes, é impedida de cair ou de evadir-se no  universo. Nossa percepção não capta a linha limítrofe do horizonte, apenas nos contentamos com a  ilusão do azulado abaixo e acima que se fundem - o horizonte está sempre mais adiante (Branco -  aula de filosofia).

Cidade

Imagem
Um cidade se desenvolve em torno de uma praça, uma  igreja, o tribunal, o legislativo, a prefeitura, os  cartórios...depois, o comércio, as residências....e no  fundo bem fundo, o cemitério.  Acho que o cemitério deveria estar no centro, junto à  praça. Para não esquecermos de nosso destino  inexorável. Existem outras coisas que escondemos de  nós mesmos na cidade que construímos -  nossos excrementos.  Eles são nossos, mas preferimos escondê-los em  subterrâneos como nossos corpos mortos.  Daí, pode derivar tudo mais que escondemos, outra  ordem de excrementos.  Por isso, talvez, tenhamos  inventado igrejas,  cartórios,  tribunais... (Branco - em  casa).

Khronos

Subentendemos a natureza de Khronos pela incapacidade de nele tocarmos ou manipulá-lo.  Só Ele, assim como a Vida, pode se dizer imanente - que deriva dele mesmo e a ele se remete - os  deuses transcendentes são a imagem do homem que os criam - por isso, transcendem.  São subjetivos e psicológicos - representam os afetos humanos: raiva, paixões, depressão e revolta.  Só o Tempo é puro e não se sujeita a nenhuma subjetividade (Branco - em casa).

Khronos

Quem ousa dizer que Khronos (o tempo) é o único Deus dos homens?  Ele é o incriado que cria e  devora todos os seus filhos. Ele que cria a dor e dela cura a humanidade que submete.  É Khronos  que leva tudo e traz novas formas de ser. Ele a tudo impõe impiedosamente.  Ele que determina nossos dias miseráveis - entre risos e dores.  Nascemos e envelhecemos sob a inexorável vontade de  Khronos (Branco - em casa).

Tempo

Nos parece que a maior prova da existência do tempo é a sua irreversibilidade - ou seja, nada volta  para trás. O tempo é o devir contínuo que, apesar de nossas crenças, põe tudo em construção e  demolição. Não o tempo simbólico de nossa consciência, mas o fluir que nos ignora absolutamente ao  seguir o seu fluxo, desfazendo inclusive, a consciência do tempo que temos (Branco - no café).

Pessoas

Conhecemos pessoas interessantes pelo mistério que só elas sabem conservar - no olhar, no  caminhar, na forma como se vestem - é o próprio estilo e charme inconfundíveis. Por outro lado,  sabemos das pessoas desinteressantes, elas são óbvias como as batidas do sino da catedral (Branco  - no café).

Problemas

Falsos problemas começam pelo alto valor que  emprestamos às palavras. Não existem palavras que  representem essencialmente as coisas. Nós inventamos as palavras com o sentido nos quais as  coisas vão se con-formar. Depois, juntamos palavras e  construímos discursos sobre coisas - dai e  diante, tudo se complica -Branco - pensando a clínica).

Pessoas

Conhecemos pessoas interessantes pelo mistério que só  elas sabem conservar - no olhar, no  caminhar, na forma como se vestem - é o próprio estilo e  charme inconfundíveis.  Por outro lado, sabemos das pessoas desinteressantes, elas são óbvias  como as batidas do sino da catedral  (Branco - no café).

Tempo

Nos parece que a maior prova da existência do tempo é a sua irreversibilidade - ou seja, nada volta  para trás. O tempo é o devir contínuo que, apesar de nossas crenças, põe tudo em construção e  demolição. Não o tempo simbólico de nossa consciência,  mas o fluir que nos ignora absolutamente ao seguir o seu fluxo, desfazendo inclusive, a consciência do  tempo que temos (Branco - no café).