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Mostrando postagens de abril, 2015

Vida

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Nem se percebe que viver evitando a morte a qualquer preço, é viver fazendo um culto à morte (Branco - sobre os adoradores da morte).

Vida

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Segundo Espinosa, a vida está envenenada pelas categorias de Bem e mal, da falta e do mérito, do pecado e da remissão. Temos apenas uma aparência de vida que espera viver depois da vida. Por isso, questiono se a religião deixou algum resquício de vida antes da morte (Branco - sobre o que têm nojo da vida).

Gatos

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.... voltando aos gatos de Paris... um gato seguiu nos braços da dona que, dele se cansou, para ser ingenuamente sacrificado. Esse gato nunca soube, na verdade, nada sobre Paris. Viveu trancado no apartamento e saiu dócil para morrer quando para nada mais servia - segundo sua dona...depois continuo (Branco - sobre gatos).

Gatos

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O segundo gato, o Max, agarrou sua chance de ser gato - talvez pela primeira vez - pulou para fora do carro e se esgueirou, arrastando seu peso de gato sedentário, pelos cantos sombrios de Paris sob neblina. Disse Dom Juan: "esse foi o momento em que um animal assumiu a sua animalidade, sua natureza de gato" ....continuo (Branco - sobre gatos).

Gatos

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Carlos Castañeda contou essa história para Dom Juan - esse Dom Juan não é o conquistador de mulheres, esse é um feiticeiro Xamã - que usou para falar de pessoas. Existem pessoas que nunca afirmaram a natureza anímica, sua essência, seu charme. Viveram ou vão viver, esperando o grande e trágico final, sem que nada tenham feito por si mesmos além de fugir do que podem. Pessoas que vivem sob uma lei do "tu deves" quando deveriam viver sob a lei do "tu podes" (Branco - sobre gatos e humanos)

Carrapatos

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Existe uma diferença fundamental entre um carrapato e um ser humano. O carrapato tem apenas três afetos - ele sente o odor animal, gruda nele, suga seu sangue para proliferar e morrer. Os seres humanos têm a capacidade de ser afetado pelo passado, pelo presente e pelo por vir. Mas, eis a grande diferença, o carrapato vive tudo o que pode. O ser humano, preso ao "tu deves", vive longe de saber o que "pode" (Branco - sobre bichos e humanos).

Política

Para Peter Sloterdijk – No mesmo Barco, ensaios sobre a hiperpolítica – tanto nos mitos bíblicos – e digo eu – quanto nos mitos gregos, o poder divino nunca gostou da multidão. Há para os deuses, uma ameaça na aglomeração e no consenso da multidão. Sabendo nós que Babel é um mito, fica a lição real de que houve a dispersão do povo na confusão das línguas e, em conseqüência, a impossibilidade da unidade. O mesmo diz Platão no Banquete, as criaturas outrora redondas, foram cort adas ao meio e espalhadas pelo mundo. Dessa forma, enfraquecidas pelo desejo de encontrar a outra metade, passaram a submissão do outro como se sua metade fosse. Nos dois casos, os deuses descem das alturas e agem despoticamente sobre as criaturas que eles supostamente criaram – fortes, mas eles querem-nas fracas – e se arrependem continuamente, por isso há intervenção divina nos negócios dos homens (Branco – no café da manhã).

Humano

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Para romper com o silêncio dos inocentes, é bom saber, a vida não fez o ser humano. A vida só produz vida que vida produz. O ser humano se auto-produziu. Qualquer sonho criacionista tem que levar em conta que, mesmo um ente criador, é produto da mente humana. Primeiro existe vida, depois toda espécie de essência humana com seus bens e seus maus (Clécio Branco - aula de filosofia).

Real

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Além da vida não existe nenhum ente pré-individual ou pré-subjetivo que nos possa comunicar o Real. Se houvesse, não haveria nenhum ser para compreendê-lo, pois o Real é incognoscível e incompreensível. Por isso, não existe nenhuma revelação de um suposto deus dizendo, "esse é o caminho". O que pode existir, é a interpretação subjetiva e psicológica de alguém supondo deus (Clécio Branco - na aula de filosofia).

Real

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O Real é o que é. O Imaginário é o que pensamos ser. O simbólico é o que desejamos que seja. Vivemos no mundo simbólico e no imaginário, mas é o Real que nos arrasta para o assombro do que É (Clécio Branco - aula de filosofia).

Real

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Ninguém precisa se preocupar em conhecer o Real. Esse feito é impossível, mas esteja onde estiver, ele sempre nos alcança (Clécio Branco - aula de filosofia).

Psíquico

O psiquismo é uma trama de instâncias interiorizadas para fazer de um animal esse sujeito sempre inacabado - estranho em si mesmo, para si mesmo e para o resto - que chamamos de humano (Clécio Branco - aula de subjetividade).

Eu

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O Eu é o outro em mim até que se tenha consciência do Fora muito além de Eu mesmo. Não é a revolta contra o mundo que me há de salvar. A salvação começa com um afrontamento com o Eu, mas esse confronto precisa ocorrer antes que toda ilusão se cristalize em supostas verdades - depois disso, não há mais esperança, pois é de esperança que o Eu vive (Clécio Branco - aula de subjetividade).

Política

Não existe nada mais poderoso do que uma ideia que se infiltra na cabeça, tornando-se inconsciente, funciona como vírus que não passa mais por níveis de razão consciente. Daí ser tão complexo demolir crenças que oprimem e diminuem a potência dos indivíduos. Um povo se faz por esses processos de subjetivação, da casa à igreja, da igreja à escola, da escola à fábrica - mas nos intervalos, doses infindas de televisão imbecil (com Bial, Faustão, Caldeirão etc.). Depois disso, estará pronto um rebanho de imbecis (Clécio Branco - aula de sociologia).

Política

Nesse caso, macropolítica e micropolítica, se opõem e se conflitam necessariamente. Só um imbecil não perceberia que o limite do capitalismo é a escassez da natureza. Em outro sentido, a vida é o limite do capital e, por isso, mesmo, é a vida que está em jogo (Clécio Branco - aula de filosofia).

Política

Existe uma política da natureza - micropolítica - e existe a macropolítica da sociedade humana. A primeira luta para expandir a vida, a segunda, no caso da economia de mercado, visa a expansão do capital (Clécio Branco - aula de filosofia de hoje).