Eu te amo
O termo que se tornou popular, “Freud explica”, deveria incluir outro mais abrangente, “Lacan explica Freud”. O que faz com que esses dois pensadores ocupem um lugar tão importante na história do pensamento? É que eles realmente explicaram ou chegaram muito perto de explicar tudo o que se passa nos escombros de nossa mente. Vejamos por exemplo a expressão muito comum entre o amantes, o “eu te amo”. Seguindo o pensamento dos dois, o que o indivíduo está dizendo com o “eu te amo”? Começamos desvendado o enigma do “Eu que pensa amar” nas alturas de um apaixonamento. O sujeito faz de si uma auto-imagem ideal, aquilo que ele gostaria de ser e, ao mesmo tempo, como gostaria que os outros o percebessem. Seria a imagem que o indivíduo usa para impressionar o outro. Esse outro é o que vigia e motiva o indivíduo a dar tudo de si para o impressionar. Concluímos que o “Eu ideal” é imaginário. Mas o indivíduo em questão acredita que ele é isso que imagina. Essa imagem nasce da relação com um out