Deus...
Deus... para que é que serve? Carecemos de um nome que totalize o Ser ou que nos faça acreditar que o impossível possa ser banido da existência. Um nome cuja significância possa encerrar a infinita cadeia de significantes, que possa tapar o furo de toda constituição dos sujeitos. Devemos à Freud essa teorização da pulsão de morte, uma força bruta que nos habita, potência de demolição de todas as formas organizadas. O que nos ocorre é a realidade de uma falta constitutiva/excesso na ordem do Ser. O pano de fundo inarrável de todo ser. Um furo diabólico que jamais permite a tão almejada totalização. Olhamos o mundo como se fosse organizado e harmônico, um belo mundo, de dias ensolarados e noites estreladas, tendo por trás do sol e das estrelas um bom Deus que nos ama e cuida. Com essa visão de mundo, esperamos afastar de nossas consciências o fantasma de um eu além do humano, mundo selvagem que não se deixa subjetivar na cultura civilizada. Os nomes: Razão, Civilização, Pai, Deus