Mundo Tonal – a potência mística
Depois da despedida da imagem da mesa com seus objetos, com sua toalha e Deus como o tampo da mesa, Castañeda se afasta do mundo das representações das coisas; não é a representação clássica, mas esse mundo a que nos referimos por palavras e gestos. Sim, porque até Deus, quando se faz objeto do pensamento, cai nas malhas da representação. Deus é sempre o pai celeste, com suas prerrogativas fechadas em emoções familiares. Deus é parte de uma santa trindade. Mas há um deus nagual, um deus tonal, e ambos estão dentro de nós, diria o índio. Mas isso não importa; a relação dentro e fora, neste caso, cairia na dualidade sujeito-objeto. O fato que realmente importa é que, em situações específicas, o mundo nagual vem à tona. “Sua emersão, porém, é sempre inadvertida. A grande arte do tonal é reprimir qualquer manifestação do nagual.” [1] Mas é o tonal que deve ser reduzido ao mínimo possível. “O tonal parece ter uma extensão disparatada: ele é o organismo e também tudo o