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Mostrando postagens de setembro, 2014

O todo e o resto

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Somos um pouco de tudo, um pouco de todos. Somos um pouco do vento, um pouco do fogo, um tanto da terra, um monte da água. Somos pele, carne, osso e química. De cada pouco que somamos, ainda assim, é só uma partícula do todo que somos. Mas o todo está em nós, assim como o infinitamente grande, o infinitamente pequeno também somos. O universo do cosmos e o universo do átomo. Somos todos um e o um em tudo (Clécio Branco - diante do mar sem fim). Gosto

Estamira para Todos e para Ninguém

Razão

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O indivíduo racional, nesse caso, é aquele que quando julgado, se encontra em conformação adequada às regras racionais. Ele pode ser um perfeito imbecil, quando as conformações às regras são imbecis, ou pode ser um marginal inteligente, por se encontrar em confronto com as regras ditas racionais (Clécio Branco - ensinando sociologia).  — com  Anajú Dorigon . Gost

Razão

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O que é ser racional? O que é ter razão no sentido estrito? É estar de acordo com as conformações sociais de um dado momento em status quo. Isso, visto pelo senso comum, é uma arma de dominação. Por força de um aquietamento às conformidades da razão à infraestrutura, o Estado age sobre os indivíduos impedindo as produções de enunciados coletivos. Uma verdadeira morte das minorias (Clécio Branco - aula de sociologia).

Ainda Eu

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Mas se sabe que o Eu quer ser paparicado. Quer se sentir seguro no mundo. Quer continuar se sentindo o centro afetivo - não mais da casa, mas do mundo - por isso, a criação do Eu é quase sempre favorável a ele mesmo. O mundo anda na contra-mão do Eu, mas ele entende que sua marcha é a única na direção certa. A religião verdadeira é do Eu - vaidoso em sua santidade - ele se sente o escolhido. E o outro, é o ímpio merecedor das dores que lhe abatem. Porque Deus ama Eu e não o outro, se o ama, é porque Eu assim o definiu (Clécio Branco - diante do mar sem fim). Gosto

Ainda Eu

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Afinal, trata-se de uma ironia, sofrer por ficções de nosso Eu. Mas é fato, a maioria das pessoas cria fantasmas a partir do Eu, e vive seus anos de merda acreditando ser verdadeiro aquilo que não passa de seus medos infantis transformados em "verdades" semelhantes as que levaram milhares às fogueiras da igreja medieval(Clécio Branco - aula de filosofia) Gosto

Ainda o EU

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Uma das maiores infâmias criações do Eu foi o patriarcado. Seus efeitos perduram até nossos dias, o homem - não falo genericamente, mas especificamente do macho homem - acredita ser, ele mesmo, a definição do mundo. O homem não define apenas o mundo, ele se arvora em definir o universo. Define Deus a partir de si mesmo - por isso Deus é macho e age como se macho fosse, como se Deus fosse. Talvez, depois da invenção do Eu, a definição do Deus macho e homem seja a segunda maior das ficções do Eu (Clécio Branco - filosofia do Eu). Gosto

Paradoxo

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A união dos contrários está em tudo e em toda parte. O mundo como o vemos é estruturado no paradoxo existente universalmente. Nesse sentido, nem mesmo o Deus judaico-cristão escapa. Lúcifer, segundo a psicologia junguiana, é o lado obscuro do Deus de amor. Ele é amoroso, mas quando se zanga, é capaz de afogar ou a queimar a humanidade que Ele mesmo criou. Sendo Deus, bem que poderia arranjar uma solução menos perversa para os equívocos de Sua criação (Clécio Branco - no café). Gosto

Real

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O que há de Real em Eros é o fato de ele ser um elemento perturbador. Mas todos buscam Eros como como a perfeita paz universal. "Eros é o arquétipo da imperfeição, do equilíbrio conflituoso, de uma sede de alteridade que persegue tudo e todos". Não existe Eros e a pulsão de morte em dualidade. Eros tem em si o jogo de forças, pulsão de vida e pulsão de morte. Ele é agregador e desagregador ao mesmo tempo. Por isso, os amantes começam sorrindo para, depois, chorarem (Clécio Branco - no café). G

Imaginação

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A maior parte de nossos sofrimentos são simbólicos ou imaginários. Meninas sofrem por um amor perdido - quando os amantes acham outras que julgam melhores. O amor devia ser tão imaginário quanto o amante. As únicas coisas Reais, nesses casos, são as noites e os dias infindáveis afundados em lágrimas (Clécio Branco - no café). Gosto

O HOMEM

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Aprendemos desde criança - em vão - a anular o mal de nossas consciências. Mas não nos ensinam a pensá-lo como o contraditório que estrutura o paradoxo - a harmonia dos contrários - mesmo ao pensar A cidade de Deus - a cidade perfeita de Santo Agostinho - a tensão lá se encontra. Não existe céu sem inferno, tensão. A parte sombria do homem é estruturante dele mesmo. O homem que não pode ser um bom homem sem que nele exista a possibilidade de ser mal, perde as características de homem. Se ser bom, é por falta de opção, é porque já não há homem, mas apenas animais sem humanidade alguma (Clécio Branco - aula de filosofia). Gosto

Demolição

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Quando o homem cria sistemas, achando que é a solução para toda a humanidade - pensando ser bom para a civilização - ele mesmo cuida em impor tal sistema achando ser o remédio para nossos males - foi assim com o Iluminismo, o Marxismo, o Comunismo, o Fascismo de Hitler, o Cristianismo de São Paulo, o Racionalismo, o Positivismo, o Islamismo etc. Não devemos nos iludir com o jubileu de cada um desses sistemas, todos eles sem exceção, são humanos, pensados por homens e estruturados por homens. Um após outro, os sistemas, perdem a sua vitalidade quando suas características originárias perdem a sua vitalidade no devir da história (Clécio Branco - aula de sociologia). Gosto

Mal Estar

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Vivemos longe de nós mesmo em um cínico fingimento. Nos alojamos em nossos casulos confortáveis e denegamos os ecos de realidade que nos assombram. São nossos atos e nossa indiferença que nos apavoram. Mesmo que não houvesse religião que nos culpabiliza tanto, as vezes mesmo sem ter cometido pecado algum, nossos fantasmas de nossa denegação continuariam a nos assombrar. Esse é o mal estar de nossa chamada civilização (Clécio Branco - em aula de sociologia). Gosto

Homem e sociedade

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A série - The Leftovers - criada pela HBO, é sensacional como tese sociológica - em minha opinião - numa manhã comum, pessoas simplesmente desaparecem. Em alguns casos, quase toda a família. A situação mostra o quão tênue podem ser as nossas relações sociais e as instituições sociais que prometem garantir o bom funcionamento da cidade. Tudo se descontrola e perde o sentido - até mesmo o sentido religioso tem que ser reinventado. Fantástico! (Clécio Branco - no café). Gosto

Demolição

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A má noticia que vem da sociedade, é que o homem não sabe viver as condições inerentes às leis sociais. Ou seja, todas as coisas tendem a perder a vitalidade de origem. Os mitos fundadores - incluindo o mito bíblico - perdem a efervescência criadora. O choque apaixonado dos amantes vira tédio, a energia revolucionária vira um insípido partido político, a energia juvenil morre na internet. Os valores antigos viram sucatas empalhadas sob os escombros de antigos paradigmas. Não sabemos viver essa contínua demolição (Clécio Branco - aula de sociologia de hoje) Gosto

Homem e sociedade

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Não tenho receio da solidão do homem moderno, de sua vida por trás dos aparelhos eletrônicos, de seu sexo solitário, de seus momentos no escuro de sua existência. Esse são momentos de mudança de paradigma. Sempre que velhos modelos perdem seu sentido em oferecer sentidos - necessário se faz a demolição do antigo sistema - Os saudosos dirão: "bom era naquele tempo...". Merda nenhuma, eles odiavam aqueles tempos. Vamos adiante! A metafísica acabou, a razão é uma desrazão e temos que encarar a multiplicidade (Clécio Branco - ensinando filosofia). Gosto

Política

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Há um momento em que o poder político; o saber dogmático; a doutrina religiosa e inquisitorial se tornam rapidamente poder totalitários - quando o desejo pelo poder se apropria dos indivíduos. Nesse momento sombrio, todas essas formas de saber se tornam as únicas verdades verdadeiras para seu defensores, para seus seguidores que ficam cegos. A outra face dessa podridão é a miséria humana que se alastra como vírus para sustentar a máquina corrupta de todos esses sistemas (Clécio Branco - aula de sociologia). Gosto

Morrer e viver

Desconcertante pensar na morte de alguma coisa que acontece no seio da vida, desintegrando projetos e sonhos, que aniquila radicalmente tudo.  A morte é estranha à ordem simbólica. Basta pensar na radicalidade da ausência irredutível do ser que acaba de morrer. Ele nunca mais vai aparecer, exceto na imaginação e nos sonhos dos que ficaram vivos.  Mas, por mais terrível que se constitua a visão da morte e do morrer, por mais desejo que tenhamos de uma vida sem a morte, me parece que nosso mundo teria sérias dificuldades de viver sem a morte.  Viver eternamente só pode ser maravilhoso enquanto um sonho adequado à imaginação. Imaginem não poder morrer eternamente! O primeiro atentado é contra a liberdade de morrer. Podem surgir os argumentos contrários de que a vida eterna será um gozo idílico e ininterrupto, onde ninguém desejaria morrer.  Digo que não há gozo ininterrupto que não se torne imediatamente insuportável. O imperativo do gozo já se constitui em anti-gozo, poi

Política

A vida individual é feita de passagens....em afetos e sensações....deslocamentos ao modo tuaregue (Clécio Branco - na imensidão do mar sem fim).

Política

Fora isso, dito anteriormente, toda vida é uma vidinha de merda (Clécio Branco - na imensidão do mar sem fim).

Política

A vida intensa, nômade, situa-se entre territórios e desterritorializados....entre espaços lisos e estriados (Clécio Branco - diante do mar sem fim).

Política

Opomos o nômade ao sedentário - esse é o que depois de anos continua o mesmo, com as mesmas ideias corroídas pelo tempo- o nômade, no mesmo tempo, já entrou em outramento (Clécio Branco - à beira do mar sem fim).

Política

Opomos o nômade ao sedentário - esse é o que depois de anos continua o mesmo, com as mesmas ideias corroídas pelo tempo- o nômade, no mesmo tempo, já entrou em outramento (Clécio Branco - à beira do mar sem fim).

Política

Opomos o nômade ao sedentário - esse é o que depois de anos continua o mesmo, com as mesmas ideias corroídas pelo tempo- o nômade, no mesmo tempo, já entrou em outramento (Clécio Branco - à beira do mar sem fim).

Política

Opomos o nômade ao sedentário - esse é o que depois de anos continua o mesmo, com as mesmas ideias corroídas pelo tempo- o nômade, no mesmo tempo, já entrou em outramento (Clécio Branco - à beira do mar sem fim).

Política

Deveríamos acreditar apenas na política que não é simbólica nem é imaginária. Acreditar e fazer uma micropolítica, mudar de rosto, mudar o estilo ou conservar a singularidade do estilo. Mudar para longe de tudo que diminui e de tudo que lhe rouba as condições de ir onde você pode. Ir em ilhas desterritorializadas para reunir condições de se reinventar, hoje e depois (Clécio Branco - no café).

Política

Uma micropolítica não se faz com partidos nem com políticos. São criações de linhas heterogêneas, com rupturas, com fugas - descidas e subidas, paradas estratégicas - velocidade, repouso e lentidão (Clécio Branco - no café).

Política

O indivíduo faz uma política inútil enquanto não criar linhas por onde possa escapar de si mesmo - do intolerável que se instalou em si mesmo - é preciso quebrar a estrutura simbólica que o faz crer que a vida seja apenas a pequena vidinha que aceitou viver. A nossa política é de oposição, mas não de oposição ao partido, nem de oposição ao sindicato - mas de liberdade por oposição à submissão (Clécio Branco - no café).

Política

Acreditar no impossível como condições de possibilidades. Nunca aceitar passivamente as palavras de ordens do outro que diz a "verdade". A verdade passa por critérios políticos de submissão: - "você está falando baseado em que raiz?" Lembre-se que num sistema político de grupo você só será ouvido se estiver falando "conforme" uma voz superior. As crianças são os maiores políticos - elas falam em seu próprio nome (Clécio Branco - no café).

Política

Não se iludam, a questão é não ser absolutamente livre, isso não é possível. Mas a única coisa que importa é criar saídas ou entradas conforme a situação frente ao intolerável. Tomemos o gato ou o rato como elementos políticos. O rato é um animal que entra no mundo sendo perseguido para ser exterminado - inclusive pelo gato - mas o rato é, por essa razão, o maior arquiteto dos subsolos. O traçado de linhas e bifurcações dos ratos é impossível de ser alcançado plenamente - seja em Londres, Paris ou na Rocinha no Rio de Janeiro (Clécio Branco - no café).

Política

As crianças fazem a verdadeira política: elas não desistem nunca, elas esquecem fácil, inventam seus silêncios, seus aliados secretos. As crianças sabem bem o que é enfrentar o intolerável que, muitas vezes está bem próximo, quantas vezes dentro da própria casa (Clécio Branco - ensinando filosofia).

Nunca mais

... e o corvo na noite escura em meio à tempestade dizia do umbral da janela: never more... never more... a todas às perguntas era tudo que ele respondia... nunca mais, nunca mais. Esse lado da finitude é o mais obscuro de nossas consciências, tudo que foi não será outra, vez jamais. E tudo que virá a ser entra para a eternidade que nunca mais retorna. Somos uma soma de finitude em relação ao passado e um acúmulo de subtração de finitude em relação ao futuro (Clécio Branco - relendo Edgar Allan Poe).

Eu

Pensem no Eu que se justifica na invenção dele mesmo numa suposta vontade divina. Não seria esse o fundamento para a máxima, "se Deus existe, tudo é permitido"? Pensem no caso de Davi - o homem segundo o coração de Deus - Ele assassinou um homem justo para roubar-lhe a esposa. Depois de velho, ainda dormia com duas adolescentes - hoje não seria julgado por pedofilia - Mas o fato de Davi, mesmo depois de tantos crimes, ainda ser o ícone do coração de Deus não seria uma crença na ficção do Eu? Dele e da cristandade? O Eu acredita naquilo que se lhe acomoda em suas crenças, mesma que esteja em frontal contradição consigo mesmo (Clécio Branco - no café).

Eu

Existe essa crença micro do Eu sobre si mesmo, e existe a crença do Eu estendido numa amplitude macro social. Pensem na crença americana no american way of life - é um Eu coletivo que sustenta a paranoia americana do consumo. Eles são uma máquina de destruição, estão sempre de boca aberta para enfiar algo no estomago - obesidade mórbida do corpo e da mente - mas o mundo não percebe que a América é um fragmento do terceiro mundo pauperizado e miserável. O Eu não permite ver isso (Clécio Branco - aula de sociologia).

Eu

Pensem no Eu que se justifica na invenção dele mesmo numa suposta vontade divina. Não seria esse o fundamento para a máxima, "se Deus existe, tudo é permitido"? Pensem no caso de Davi - o homem segundo o coração de Deus - Ele assassinou um homem justo para roubar-lhe a esposa. Depois de velho, ainda dormia com duas adolescentes - hoje não seria julgado por pedofilia - Mas o fato de Davi, mesmo depois de tantos crimes, ainda ser o ícone do coração de Deus não seria uma crença na ficção do Eu? Dele e da cristandade? O Eu acredita naquilo que se lhe acomoda em suas crenças, mesma que esteja em frontal contradição consigo mesmo (Clécio Branco - no café).

Eu

Pensem no Eu do homem, desde os tempos bíblicos, inventa a crença na superioridade do pênis para fazer dele o centro definidor da sociedade. Não entendem nisso o fato dos homens colocarem a mulher em segundo plano? Dos homens inventarem as leis que subjugam as mulheres aos homens? De ainda haverem homens que matam mulheres por não amá-los? Que na Índia é um fato comum homens rejeitados destruírem os rostos das mulheres com ácido? E que esses homens ficam impunes porque as leis são de homens e o julgamento é feito por homens? Tudo começa com o Eu que acredita ser verdade as suas ficções (Clécio Branco - no café).

Eu

O Eu faz os indivíduos terem certezas do que somente o Eu pode ter. Sabendo que o Eu é uma ficção do outro, o que você pode ter, com tanta certeza, dessas certezas? (Clécio Branco - fim de dia de trabalho).