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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Temores

A maioria de nossos temores estão fora da realidade externa. Nós somos os arquitetos da maior parte de nossos medos; do mesmo modo, a maioria das ideias sobre nós mesmos, trata-se de uma invenção de nosso Eu. Ou achamos que somos importantes de mais, belos de mais; ou, de outra forma, pensamos ser feios de mais, inseguros de mais (...) Não é o fato real que determina essas percepções, mas condições de uma realidade imaginária. Nossa capacidade em criar fantasmas sobre a vida inclui a criação de deuses que supostamente nos punem ou nos afagam (Branco - no café).

Máscaras

Assumimos papéis que nos impuseram tão perfeitamente que acabamos por nos fundir um no outro - com o tempo não saberemos mais quem somos nós e o que é o papel - por essa razão somos sujeitos em crises psicológicas infindáveis (Branco - no café).

Limites

Sabemos um pouco do pouco que podemos saber. Não temos condições de saber o TODO; nosso sistema sensório motor não capta imagens não humanas da natureza, não captamos sons não humanos da natureza nem sensações não humanas. Tudo isso existe sem que possamos perceber. A maioria de nossas sensações não são significadas na consciência por incapacidade mecânica de codificá-las. Das coisas mais simples só podemos conhecer um pouco, o resto, todo o resto permanece além de nossa imaginação (Branco - no café).

Ilusões de Eu

A maioria de nossos temores está fora da realidade externa. Nós somos os arquitetos da maior parte de nossos medos; do mesmo modo, a maioria das ideias sobre nós mesmos, trata-se de uma invenção de nosso Eu. Ou achamos que somos importantes de mais, belos de mais; ou, de outra forma, pensamos ser feios de mais, inseguros de mais (...) Não é o fato real que determina essas percepções, mas condições de uma realidade imaginária. Nossa capacidade em criar fantasmas sobre a vida inclui a criação de deuses que supostamente nos punem ou nos afagam (Branco - no café).

Literatura

O Senhor "K" procura em vão, saber de seu processo: nos corredores sombrios do tribunal, nas múltiplas salas, entra e sai de porta em porta; mas tudo que encontra são alusões à vaidade do magistrados. Um ateliê para pintar os quadros em tamanho exagerado, um amontoado de menininhas para "servirem" aos apetites sexuais dos gordos homens da lei. Senhor "K" se depara com a fria realidade presunçosa dos homens que deveriam se ocupar em julgar as causas do povo; muito pelo contrário, os tribunais e as casas do governo, se transformaram num amontoado burocrático, em favor da vida privada de quem tinha poder (Branco - relendo Kafka).

Literatura

Como entender ou entrar na cabeça de Franz Kafka? Creio que, como em todo caso, será preciso entender o seu tempo. Eram os valores idealistas-burgueses e cristão-judaicos (que é a mesma coisa) que se encontravam em ruínas. Kafka debocha dessa sociedade hipócrita que não percebia sua derrocada. O Tribunal - no Processo - transbordava de corrupção, se entrelaçava com a igreja, a repartição pública, a fábrica etc. Se hoje percebemos uma justiça literalmente cega e burra que anda de moletas; Kafka viu antes. O senhor K acordou num longo processo do qual nunca soube do crime em que estava sendo condenado. Em nosso caso, nunca entenderemos do porquê criminosos não são condenados (Branco - volta às aulas).