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Mostrando postagens de maio, 2017

Linguagem

Nesses dias - líquidos - passamos velozmente da pós verdade à anti-linguagem; da racionalidade à irracionalidade.  E toda essa articulação para fazer a massa acreditar que suborno e propina é filantropia. E para fazer acreditar que a antipolítica seria estar nos passos de Maquiavel.  Terão que lê-lo (se já leram) muitas vezes, para entender de forma inversa.  Pois a verdade nua e crua, pode ser disfarçada em forma de uma racionalidade, por algum tempo, até o seu inexorável encontro com o Real irredutível.  Tentarão redizer tudo de outra forma, até o ponto em que as contradições não suportem outra linguagem além da exposição fria do verdadeiro e do falso (Branco - no café).

Ideologia

As contradições (nua e crua) do sistema que - a classe burguesa - deseja implantar em suas reformas trabalhistas, aparecem rápido quando a farsa política começa a ser desvelada.  Se empresários ficam milionários nesse neoliberalismo, ainda que cumprindo com obrigações trabalhistas que querem abolir, podemos imaginar o quão rápido não multiplicarão suas riquezas caso as reformas sejam aprovadas (Branco - no café).

Ideologia

A "arte" burguesa de convencimento vai do cinismo à ironia, ou seja, faz o "escravo" acreditar ser livre por poder optar por um trabalho flexibilizado. O miserável trabalhador não só aprende docilmente a trabalhar para o burguês em suas máquinas técnicas, quanto o faz servilmente, em suas máquinas abstratas(Branco - no café).

Símbolos

Sem os símbolos - que criamos para que a vida seja suportável - o amor, o sexo, o apaixonamento, a poesia, os filmes românticos e todo o resto, seriam banidos de nossa existência. Não haveria o gemido de um orgasmo, essa expressão dialógica do prazer do encontro de dois corpos... o beijo nos lábios molhados causaria repulsa nos dois amantes antes mesmo de se perceberem (Branco - no café).

Símbolos

Imaginem acordar sem símbolos, sem a capacidade de representar o mundo na ordem simbólica... ver a carne de um corpo, outrora desejado, como pura realidade de uma carne sem pele... carne dilacerada sem os contornos da sensualidade... uma vagina, um pênis ou uma boca, sem o simbólico imaginário (qualquer coisa) pode ser frio como um buraco negro.... depois de imaginar esse puro REAL voltem-se para o admirável mundo das imagens que construímos (Branco - no café).