Conclusão
É o livro final, da
culpa e do castigo. A revelação é essa e não outra, os pobres e miseráveis,
aqueles que se abstiveram do prazer do mundo, os que odiaram o mundo em
detrimento do além mundo, são os recebidos como súditos de um reino único e
eterno. Uma manifestação neoplatônica em versão apocalíptica: na santa cidade
tudo se encontra, o mundo da realidade se encontra com as cópias ideais. Os
justos se encontram finalmente com a justiça. A sombra da verdade se acha na suprema
verdade. Um estado ideal teocrático cujo rei é o Cristo soberano, homem-Deus.
Não existe maior emblema do que esse, o homem se encontra com o Seu modelo. E a
Bíblia de São Paulo à João de Patmos esconde mais do que dogmas religiosos, é
um livro de filosofia política, de um política de vingança a todos que zombaram
dEle. Uma estranha política cujo Estado não se encontra no mundo, mas que os
Estados do mundo dele se beneficiam.
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