Filosofia

filosofia não deve redizer o filósofo, mas dizer o que ele subentendia necessariamente, naquilo que ele dizia, mas que não estava dito explicitamente. 

Aquilo deve estar presente no que determinado filósofo disse, mas não estava explícito, neste caso não deve ser redizer, copiar o que o filósofo havia dito, mas roubar aquilo que ele diz a partir daquilo que se entendeu que ele disse, a partir de um roubo que é singular. 

Cada um rouba a seu modo, o que remete àquilo que Deleuze disse no início, ou seja, que a tarefa da filosofia é sempre uma tarefa de criar conceitos. 

Ainda quando lança mão de um conceito de Nietzsche, de Espinosa, de Bergson, ele está recriando aqueles conceitos, ele não os está copiando. No entanto, “a filosofia sempre teve seus inimigos, e ainda os tem”. 

Quais seriam os atuais inimigos da filosofia? A informática, a comunicação, que fazem uma promoção comercial e uma apropriação dos conceitos. 

Para Deleuze: “(...) apoderaram-se da própria palavra conceito e disseram: é nosso negócio, somos nós os criativos, nós somos os conceituadores! 

Somos nós os amigos dos conceitos, nós os colocamos em computadores (...)”. 

Os técnicos, nessas disciplinas, falam em criatividade, Os técnicos, nessas disciplinas, falam em criatividade, em ter de ser criativo no mundo empresarial. 

No entanto, o que Deleuze e Guattari consideram como conceitos criativos? 

São aqueles que tratam dos planos problemáticos da época contemporânea. Não é o caso da apropriação do conceito de rizoma, que a informática utiliza para fazer uma promoção comercial. 

Um pelotão de “conceituadores”, uma raça de jovens executivos que tenta se comunicar com os conceitos da filosofia. “Eis que o conceito se tornou o conjunto das apresentações de um produto (...) que se pode vender”.

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