Tempo
Ainda não se assumiu plenamente que o nosso maior terror, que a nossa maior benção, e que tudo está sujeito sem exceção, ao tempo. E que aquilo que os monoteístas chamam de Um, Deus, Alá, etc., é na verdade o tempo que, ora nos trás bons afetos e ora maus afetos. Uma mulher jovem cristã, longe de temer a figura inexistente de um Deus, teme na verdade as rugas, o corpo flácido, os cabelos brancos, a impossibilidade de reproduzir e a impossibilidade de ser desejada. E os homens, não são eles que se desesperam na impotência? Isso sim é o que tira a paz de todos indistintamente.
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