Um...




O Um não pode ser apreendido, pensado, visto ou nominado. O Um não tem nome, é O Inonimável. Se O nominarmos, deixará de ser Um para ser mais um em meio aos outros.

O Um é um não-saber. Não se pode produzir nenhum conhecimento sobro O Um. Ele é o Nada Absoluto.

Afirmar um conhecimento sobre O Nada Absoluto é a mais perfeita forma de ignorância. Qualquer afirmação sobre o conhecimento do Um revela a própria negação do conhecimento.

Só podemos saber o que O Um não é. Assim, insatisfeita com o não saber, a mente clama pelo saber.


Comentários

  1. Nomear é distinguir, separar. E aí há, de fato, uma impossibilidade lógica de nomear-se o indistinto. Nomear/separar pressupõe pelo menos dois... É isso, Clécio? Posso então concluir que o estado de pureza (o um) não gera nada - e que para haver vida, bom mesmo é misturar!?
    Por outro lado, como disse o poeta... "é sempre bom lembrar que o copo vazio está cheio de ar".
    Abs.

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  2. O estado de pureza
    Não gera nada
    Foi das variadas proteínas combinadas
    Que nasceu a mais pudica das almas

    É lama
    Pasta
    Lava e
    Magma

    Terra
    Na imensidão caindo
    Esta esfera
    O estado de pureza não gera
    É estéril o que não se espalha
    E se é da morte a última gargalhada
    É da vida nossas vidas misturadas

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