Desejo
E, Aristófanes continua o seu relato dizendo que a cada um que Zeus
cortava, ele mandava Apolo voltar-lhe o rosto e a banda do pescoço para o
lado do corte, afim de que contemplando a própria mutilação fosse mais
moderado.
Entretanto, o que nos interessa nessa história é o desfecho. Eles
morriam de fome e de inércia em geral por nada quererem fazer longe um do
outro.
Platão parte de uma antiga natureza para lançar o amor (desejo) como
veículo de reencontro do complemento perdido.
Ele apresenta o amor como
resposta para curar a ferida do corte. Nisto consiste o amor, nesta busca pela
restauração, busca pela inteireza originária, busca de uma completude
perdida.
O que move os seres nesse discurso de Aristófanes?
Instigante! Escreva mais a respeito.
ResponderExcluirHoje penso que a completude está mais na capacidade de amar que na realização do desejo de ser amado...
Tenho escrito, está espalhado por aí. Grato por comentar. Amar é um conceito ambíguo, pode ser confundido com uma emoção, um sentimento... pode estar mais para ser amado do que amar. Só que os amados(as) nunca perceberão porque os motivos estão interiorizados no Eu. Sendo que, quem olha o Eu é Eu mesmo, logo impossível de ver o que lhe causa desconforto.
ResponderExcluir