Perspectiva
Olhando
a Terra pela perspectiva do espaço, nas fotografias da NASA, não vemos
fronteiras, nem raças, nem hierarquias, nem o poder com seus
"tronos".
Não
vemos credos religiosos com a luta pela posse do Deus verdadeiro. Só vemos a
Terra com seus gases, os mares distantes e as tonalidades impostas pela luz do
sol.
Mas
entrando nela, se percebe toda arrogância humana e suas ficções de superioridade: religião
verdadeira, raça superior, Deus
verdadeiro, a melhor das verdades, a nação mais desenvolvida, o homem mais
rico, a mulher mais bonita, os dogmas, a vaidade.
Olhando a Terra de fora dela mesma é que
percebemos a infantilidade da raça humana. Pequena, finita de uma brevidade
estupida, desamparada, alienada do resto do universo e alienada de si mesma.
O homem inventou um mundo dentro de uma
caverna para dar sentido a sua existência. Um ser lançado! Não pediu para
nascer e nada pode fazer para evitar morrer.
Voltando ao filme: Neo, diante das duas pílulas, escolhe aquela que o leva a um mundo terrível, mas absolutamente real. A escolha que faz "cair o véu" será sempre assim amarga como a pílula tomada por Neo? Tomar consciência, por exemplo, de que estamos presos a uma esfera que despenca na imensidão - não trará isso inevitável angústia?
ResponderExcluirCreio numa angústia produtiva e acho que as lentes da NASA e a própria NASA foram criadas por ela.
Abs.
NIILISMO
ResponderExcluirVIR À LUZ
VER A LUZ
VIVER À LUZ
DEPOIS MORRER
COMO SE NADA HOUVERA
NESTE HAVER-SE ACONTECIDO
E nossa geração quer acabar com a angústia com pílulas...grato Sergio pelos seus profundos comentários e pelas belas poesias.
ResponderExcluirOlhando lá de fora, todas as vidas se igualam, tudo que se move se encontra rastejando como verme em busca de algo que lhe mantenha vivo uns minutos a mais.
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